De qualquer modo sou solidão
Pela carne, pela alma
Há um orgulho em ser só e em não ser traído
exceto por nós mesmos
De qualquer modo sou loucura
Pelo certo, pelo lisérgico
Não há sanidade em ser normal
se a realidade é um ponto de vista
De qualquer modo sou luz
Pelo brilho, pelo sinal da cruz
Sob um menino Jesus cuja fé perturba
A solidão da mão
que escreve o louco insensato
E o medo de
descobrir quem se é
De qualquer modo sou solidão!
Autor: Allan Julio (Constante)
Ilustração: Startonight
Eu e Outros de Nós