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DE QUALQUER MODO

Atualizado: 20 de fev. de 2020

De qualquer modo sou solidão

Pela carne, pela alma


Há um orgulho em ser só e em não ser traído

exceto por nós mesmos

De qualquer modo sou loucura

Pelo certo, pelo lisérgico


Não há sanidade em ser normal

se a realidade é um ponto de vista

De qualquer modo sou luz

Pelo brilho, pelo sinal da cruz

Sob um menino Jesus cuja fé perturba

A solidão da mão

que escreve o louco insensato

E o medo de

descobrir quem se é

De qualquer modo sou solidão!



 

Autor: Allan Julio (Constante)

Ilustração: Startonight

Eu e Outros de Nós


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