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LÁBIOS EM PRECE

São longas e sinuosas estas horas mortas

assombram e norteiam as janelas da alma.

Portas, da arguição que tanto vivenciara

e hoje encerram-se à luz célica e clara.

Os minutos circundam órbitas a desfeita

do esquecido tempo que anseia.


Morrem os sorrisos largos e tão castos

que cedem, tombam e liberam seus ascos.

Céu

este céu, diante de mim, que cobre e apodrece


Oro, imploro

Mas desconheço o gosto nos lábio de uma prece



 

Autor: Allan Julio (Constante)

Ilustração: Autor desconhecido

Eu e Outros de Nós


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